quinta-feira, 26 de março de 2009

Trabalho a distância: solução para as empresas nesta época de crise

Quem me conhece, sabe. Sou apoiadora entusiasmada do trabalho à distância, ou teletrabalho. Não é à toa que há mais de 9 anos faço parte da SOBRATT - Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades. Minha dissertação de mestrado, "Análise do impacto do teletrabalho numa empresa jornalística", já foi uma pesquisa qualitativa sobre o trabalho a distância com profissionais do jornal Zero Hora, de Porto Alegre/RS.

Há quase 20 anos é uma modalidade de trabalho que vem sendo desenvolvida e cada vez mais estimulada no 1º mundo, inclusive pelos governos, por ser uma maneira eficaz e prática de evitar o deslocamento diário dos trabalhadores de casa para a empresa e da empresa para casa. Com isso, além de obviamente reduzir o trânsito, especialmente nas grandes cidades, o teletrabalho ajuda a diminuir a emissão de gases de efeito estufa na atmosfera, pela menor utilização de veículos particulares. 

Os ônibus, metrôs e demais transportes coletivos públicos, ficam menos abarrotados, têm mais condições de cumprir os horários, podem escalonar melhor os veículos para levá-los com maior frequência a manutenção, reduzem-se as filas de espera, e o menor empurra-empurra também diminui as chances de furto nas estações e paradas de ônibus.

O trabalhador que fica em casa para trabalhar, têm acrescidas 2, 3 4 horas ou mais de "vida" à sua rotina, podendo aproveitá-las para aumentar seu período de sono (quem sabe conseguir dormir as recomendadas 8 horas diárias?), fazer caminhadas ou ir à academia. Tem oportunidade de estar mais tempo com a família, recuperando parte do convívio perdido com pais, irmãos, conjuges ou filhos. Pode até se dar ao luxo de ir ao cinema de vez em quando! Ainda mais que estará economizando um bom dinheiro por não precisar pagar estacionamento perto da empresa ou atualizar frequentemente o guarda-roupa, por exemplo.

Agora, com a fantasmagórica crise econômica mundial, muitas empresas que ainda resistiam em adotar o trabalho remoto estão vendo no teletrabalho uma saída honrosa, econômica, que evita a perda (ou demissão) de profissionais de talento, e ainda traz de brinde um aumento de produtividade dos funcionários que pode ir de 30 a 60%, com reflexos mais do que positivos no faturamento e lucratividade. Isso sem falar na valorização da imagem organizacional, já que por ser ambientalmente correto, socialmente responsável e economicamente viável, o teletrabalho é visto como uma forma sustentável de trabalho!

Para quem não sabe, ou não tem certeza, o teletrabalho nada mais é do que o desenvolvimento de parte ou do todo do trabalho de um determinado trabalhador em local diverso ao do escritório da empresa, com a utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação. Ou seja, todas as atividades que não exigem a presença física do trabalhador dentro da empresa e que podem ser feitas num computador de mesa ou notebook (de preferência o notebook que consome 80% menos energia), com acesso à Internet, e demais hardwares softwares necessários para o bom andamento do trabalho.

Quem quiser saber mais, entre no site da SOBRATT e dê uma navegada por lá. Na parte de "notícias" do site da PRÓ.RP, também coloco umas novidades sobre o assunto de vez em quando.

Fique ligado, mais dia, menos dia, você também vai ser um teletrabalhador!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Militância vegetariana e respeito à diversidade humana

Considerando-se a população total, temos atualmente cerca de 6,7 bilhões de pessoas vivendo (ou tentanto sobreviver) no planeta Terra. Em 2050 deveremos ultrapassar o estrondoso número de 9 bilhões de indivíduos. Em 2008, o número de pessoas que passam fome no mundo foi contabilizado em 963 milhões. (Dados da ONU)

Diariamente, o mundo recebe novas 200.000 bocas para alimentar. Mesmo com a otimização e reciclagem de alimentos, aumenta consideravelmente o desmatamento do planeta para plantação de vegetais e criação de gado. (Relatório PLUMA 2009)

As situações mais críticas de fome e subnutrição encontram-se em países da África e da Ásia, onde as populações são formadas essencialmente por sociedades tribais, gregárias ou não, que vivem da caça, criação de animais e de vegetais. Entretanto, o clima de muitas regiões não é amigável no que se refere a cultura de vegetais, que exigem um equilíbrio maior entre calor e umidade do que os animais, que resistem melhor às adversidades.

Na China, o país mais populoso do mundo, tudo o que tem vida é potencialmente alimento, seja do reino animal ou vegetal, incluindo-se aí desde insetos dos mais variados tipo, como formigas e escorpiões até ratos, morcegos e fetos humanos.

Sabe-se que os nutrientes de origem animal levam mais tempo sendo processadas pelo trato digestivo. Por consequencia, a sensação de saciedade também é mais longa, e, uma vez quebradas as moléculas, são bem absorvidas, processadas e bem aproveitadas, bem como as gorduras necessárias para fazer a reserva energética de longo prazo do organismo. Os carboidratos de origem vegetal são absorvidos rapidamente e a energia deles obtida tabém esgota-se rapidamente, pois são utilizadas pelo organismo em curto prazo, em geral até meio dia após a refeição. “As proteínas dos vegetais são chamadas incompletas, porque não contêm todos os aminoácidos necessários ao organismo. Por isso, as proteínas de origem animal são as mais recomendadas e estão nas carnes, ovos, leite e seus derivados.” Para que um vegetariano ortodoxo possa suprir adequadamente suas necessidades de proteínas, preisam de uma combinação “de uma grande variedade de alimentos. Os aminoácidos ausentes em alguns estão presentes em outros.” (FAAC/UNESP)

Portanto, se virmos a questão por um ângulo macro, temos que ter muito cuidado ao apoiar amplamente a não-ingestão de carnes. Os primeiros anos de vida do ser humano, por exemplo (até cerca de 3 anos de idade) são cruciais para direcionar o bom desenvolvimento mental e físico do indivíduo vida a fora, e a ingestão de alimentos de origem animal aumentam as chances de garantir tal estrutura básica. Por outro lado, é necessário termos em mente que, se nós, por sorte, não passamos nenhum tipo de necessidade básica, há quase um bilhão de pessoas no mundo que passam fome e que, se receberm alimentos de origem animal na dieta – não necessariamente com exclusividade, é claro -, poderão suprir por mais tempo a sustentabilidade do corpo subnutrido e, qurem sabe, até mesmo recuperar uma parcela da capacidade perdida de sobrevivência.

Dessa forma, uma vez que já somos adultos (acredito que todos nós já passamos dos 3 anos de idade), e que vivemos num contexto socioeconômico que nos permite ter acesso a feiras, mercados e supermercados em que há uma grande variedade e quantidade de alimentos à nossa disposição, e desde que tenhamos condições financeiras de adquiri-los, temos a bênção de poder decidir sobre o tipo de alimentação que iremos selecionar para a nutrição dos nossos corpos. Mas, de forma alguma, podemos considerar “moda” as questões que envolvem a nutrição. Podemos considerar fatores culturais, sociais, econômicos, ideológicos, espirituais, tecnológicos que influenciam na alimentação. E precisamos ter consciência que o mundo evoluído ainda está restrito a poucos. Entre eles, nós, privilegiados que temos acesso à energia elétrica, redes de esgoto, água encanada, telefonia, Internet, emprego, salário, transportes, trabalho intelectual (que, aliás, exige muito menos energia do organismo que o trabalho braçal – procure alimentar um estivador ou trabalhador da construção civil apenas com vegetais...).

Minhas filhas já estão crescidas e não tenho mais a responsabilidade maternal de alimentá-las da melhor forma possível para que sejam saudáveis, fortes e inteligentes. Já se trata de uma escolha pessoal e jamais me sentirei no direito de interferir na decisão delas ou de qualquer outro adulto saudável, dono do próprio nariz e em condições socioeconomicas de arcar com as consequencias.

Talvez, um dia, eu venha a ser suficientemente evoluída espiritualmente a ponto de decidir não mais ingerir carne, embora eu não possa afirmar que isso acontecerá ainda nesta encarnação, por fatores culturais e de paladar. Parabenizo a todos que já chegaram a esse estágio e apoio suas decisões alimentares. Mas sinto dizer que não concordo com o tipo de militância e imposição ideológica que não vê o quadro geral e não respeita individualidades, necessidades e culturas que formam a diversidade humana.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher - 8 de Março

Parabéns a todas as mulheres que já estiveram sobre a Terra.

Parabéns às mulheres que hoje estão aqui.

Parabéns a todas aquelas que ainda virão.

Nossas vidas e nossos caminhos são responsáveis pela humanidade.


No nosso dia, lembremos que está em nossas mãos fazer deste um mundo em que a vida continue sendo possível!



8 de março - Dia Internacional da Mulher