quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Minha homenagem aos 75 anos do Grupo Zaffari

O Grupo Zaffari está comemorando seus 75 anos com uma promoção muito bonita. Uma História Bem Familiar convida os clientes a relatarem, em 1500 caracteres, um fato marcante em suas vidas que tenha acontecido em uma das lojas Zaffari ou em um dos Bourbon Shopping. Das histórias que forem enviadas, serão selecionadas 75, que darão aos autores, como prêmio, um diamante.

Não vou poder participar, porque faço parte da comissão julgadora. Mas eu gostaria muito de poder contar algumas histórias. Então, resolvi ter uma participação hors concours, como uma forma pessoal de homenagear os 75 anos do Grupo Zaffari, mostrar que por pelo menos 35 anos posso comprovar nosso “relacionamento” (isso já é pra lá de estável perante a justiça!) e que, ainda mais do que uma “Amiga da Marca”, sou uma “Zaffari Lover”!

Ao longo de vários posts (não sei quantos, porque depende da minha disponibilidade de tempo para conseguir elaborar cada etapa), vou publicar todos os panos de prato do Zaffari que coleciono, desde o mais antigo, de 1975, até o mais novo, de 2010*, e ir traçando um paralelo em relação à minha vida e ao contexto da época.

Para os meus amigos, colegas e ex-alunos-eternos-filhos, é uma maneira de conhecerem um pouco mais a minha história e algumas coisas que já vivi. Para eventuais inimigos, talvez seja munição para futuras acusações (rs), porque notarão que eu NÃO SOU a mesma que era há anos atrás. Sim, fui mudando conforme o tempo e a vida foram passando – embora não tenha mudado meus valores, apenas aprendido a avaliar melhor coisas e pessoas. E já vi muitos casos ao longo dos anos em que pessoas – públicas ou não – foram acusadas de terem mudado de idéia como se isso fosse crime!

Bom, vou indo para começar a seção fotográfica, depois ver se as fotos ficaram boas, selecionar, começar a fazer os textos, publicar... Tenho trabalho pela frente!

* Há algumas lacunas que, se alguém quiser colaborar e me mandar os panos de prato dos anos que faltam para completar a minha coleção, agradecerei para sempre! Os que ainda não tenho são os de 1976 a 1987 e os de 1992 e 1993.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Profissionais Sem Teto, ou... "teletrabalhadores"

Eu sei. Eu sei que está publicado no site também. Mas é um assunto tão bom, e a matéria está tão boa, e o teletrabalho SEMPRE foi minha menina dos olhos, que me sinto obrigada a publicar também aqui no blog. Por favor, não briguem comigo, leiam, e pensem no quanto isso pode ser bom para vocês, para sua empresa, para o trânsito da cidade, para a redução da poluição, para o bem-estar dos trabalhadores, para as pessoas que se deslocam diariamente pela cidade, de uma ponta a outra para ir ao trabalho e não ganham tão bem!

A mátéria saiu na Info impressa de agosto mas não está publicada online em lugar algum, nem no site da Info. Então, eu estou disponibilizando para vocês, porque vale a pena!


PROFISSIONAIS SEM TETO
Veja o arsenal de equipamentos e serviços adotados pelas pessoas que não têm escritório fixo
Trocar um emprego fixo pelo trabalho autônomo é algo que pode assustar a muitas pessoas. Afinal, lá se vão o salário mensal garantido e a infraestrutura da empresa. Mas essa maneira de trabalhar também traz vantagens, como poder atender a múltiplos clientes e fazer seus próprios horários. O problema da infraestrutura pode ser resolvido com um bom kit de trabalho móvel onde um notebook, um smartphone e um modem 3G são peças básicas. Além disso, é possível trocar a solidão do escritório doméstico por um dos espaços de coworking que começam a ser tornar comuns no país.
Um exemplo dessa nova geração de profissionais nômades é a paulista na Charlotte Cowell, de 36 anos. Ela é gerente de vendas para o Mercosul da empresa canadense AldeaVision, que oferece um serviço de transmissão de dados para TV. Charlotte virou uma profissional sem teto há quatro meses. Os canadenses pediram que ela usasse sua casa como escritório. Ela até tentou, mas não gostou da ideia porque divide a casa com uma amiga e não tem espaço disponível. Além disso, não se sente bem trabalhando isolada, sem pessoas para trocar ideias. Ela até procurou um escritório para alugar. Mas não deu certo... Percebi que ficaria muito caro, além de não resolver o problema de estar só o tempo todo", explica.
Charlotte resolveu a questão alugando um espaço no escritório de coworking Pto de Contato (ptodecontato.com.br), no bairro de Pinheiros, em São Paulo, a duas quadras da sua casa. De mochila nas costas, ela carrega o notebook de um lado para o outro. Em alguns dias, fica em casa. Em outros, se manda para o escritório coletivo, onde entra profissionais de várias áreas e mata a saudade do ambiente corporativo. Durante a semana, também visita clientes. Como a sede da empresa fica em Montreal, Charlotte fala com seu chefe via VoIP. Ela tem um telefone virtual, com número fixo canadense, e também usa o Skype. Recentemente, Charlotte teve que comprar um celular BlackBerry, meio a contragosto. “Os canadenses são muito dependentes do smartphone”, diz. Charlotte também acabou ficando dependente do aparelho. "Checo e-mails o tempo todo e estou sempre disponível", afirma. O lado bom veio em cifras. Ela ganha, hoje, 50% mais do que recebia no emprego anterior, quando tinha escritório fixo.
Como Charlotte, o paulista no Christiano Anderson, de 31 anos, passou a ganhar mais quando perdeu o teto. Formado em administração e comércio exterior, ele abriu uma empresa de consultoria de internet, a Trianguli, em 2007. Passou, então, a trabalhar em casa, e, quando viaja, em cafeterias e hotéis. Anderson também utiliza um escritório coletivo para receber clientes e fazer networking. "Em casa, tenho telefone fixo, internet de 10 Mbps e servidor." Na mochila, ele carrega onotebook, o smartphone Nokia E71 e dois modems 3G, um da Oi e outro da Claro, só por garantia. Anderson não tem dúvidas de que trabalha mais do que quando era funcionário de uma empresa. Mas o esforço é recompensado. "Ganho cerca de três vezes o que ganhava", afirma.
A liberdade do profissional sem teto costuma acabar onde termina o sinal da internet. Foi o que descobriu o mineiro Breiller Pires, de 24 anos. Formado em jornalismo, ele trabalha com marketing, redes sociais e cobertura de eventos online há um ano e meio. Na casa onde mora com os pais, em Belo Horizonte, ele tem uma conexão de 3 Mbps. Também tem um modem 3G da Claro, que carrega sempre consigo. "Há quem pense que é uma vida fácil, mas não é. Trabalho 24 horas por dia, em qualquer lugar, e sem receber pelas horas extras", diz. "Até quando estou com minha namorada num restaurante trabalho pelo srmartphone", afirma. Estar disponível o tempo todo não é problema para Pires. O que o incomoda é a limitação da conexão 3G. "Eu cubro eventos esportivos e preciso enviar conteúdo para o YouTube. Isso exige boa conexão, nem sempre disponível", lamenta.
Um dos seus apuros aconteceu quando viajou para um sítio. "Levei modem, smartphone e notebook para trabalhar de lá", lembra. Mas ele esqueceu que precisaria contar com a boa vontade da rede 3G. "Quando percebi que estava totalmenteoffline, pensei em ir à cidade, mas desabou uma chuva e fiquei ilhado", conta. Pires precisou subir ao alto de um morro para' mandar e-mail a um cliente. "Caminhei debaixo de chuva, com o notebook na mão, até encontrar sinal de celular", diz. Para ele, uma vantagem de ser um profissional nômade é poder prestar serviços a clientes de outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro, que, segundo ele, pagam mais do que os de Minas Gerais. Pires ganha, em média, 4 000 reais por mês. "Ganharia menos se trabalhasse num lugar fixo em Belo Horizonte", diz.
Já o publicitário paraense Bernie Walbenny, de 25 anos, trabalha na capital paulista como produtor de eventos e empresário de bandas. Para ele, a vantagem de ser um sem teto é ter menos estresse. A desvantagem? Ele não conhece. Walbenny anda de um lado para o outro - quase sempre de ônibus e metrô com um MacBook na mochila e um celular Nokia N85 no bolso. "Posso trabalhar onde estiver - em casa, no shopping ou durante uma viagem", diz. Na rua, Walbenny utiliza principalmente o smartphone. Se necessário, abre o notebook e acessa a internet usando a conexão bluetooth do celular. Para ele, não existe hora nem lugar certos para o trabalho - e isso é ótimo. "Posso virar uma noite trabalhando, e, no dia seguinte, só descansar. Ter de estar todo dia no mesmo lugar e cumprir horários fixos me estressa", revela. Há também uma vantagem financeira: Walbenny estima que ganharia metade do que ganha hoje se tivesse um emprego formal.
por Fernanda Bottoni, na Revista Info de Agosto de 2010, p. 104/105.
Eu trabalho em casa, no meu pequeno escritório - ainda não exatamente como eu gostaria -, com toda a parafernália necessária, inclusive conexão banda larga wireless, rede doméstica interna, mais notebook e smartphone. De vez em quando preciso ir a São Paulo para reuniões, eventos, etc, às vezes uma, duas, até três vezes na semana; outras vezes uma, duas semanas sem precisar cruzar a Anchieta ou pegar a Imigrantes.

Finalmente tenho tempo para fazer esteira, e até comecei a fazer Pilates numa academia. Assisto meus seriados na TV à noite, trabalho mais um pouco até cerca de 2h da manhã (sempre tive espírito de coruja!), durmo até 8h30, às vezes um pouco mais. Tomo meu café com calma e consigo até dar uma folheada no jornal.

Procuro fazer pela manhã tudo o que for "na rua" (supermercado, passeios no shopping, banho da cachorra, médicos, dentistas, exames...), porque é sempre mais tranquilo, com menos movimento - e geralmente em um, ou no máximo dois dias da semana. Eventualmente, quando fico muito cansada ou pego um resfriado, até deito um pouco à tarde!

E para mim está ótimo assim! No momento, não consigo imaginar outro jeito de trabalhar que me faria mais feliz.