quinta-feira, 24 de maio de 2007

Reflexões de um (outro) RP recém-formado

Pois bem!

Uma coisa puxa a outra, e segue agora o depoimento de outro relações públicas recém-formado, com a autorização do autor para publicação aqui no Pró-RP.

Não falo Inglês e arranho um "espanholzinho" bem safado.
Acabei de me formar em RP no final do ano passado (dezembro de 2006). Devo
confessar que tenho sido obrigado a dispensar muitos trabalhos que têm surgido
especificamente na área de RP, mesmo indicando colegas para alguns, fazendo
parcerias para outros, não tenho conseguido dar conta da demanda. Mas há algo
que devo chamar atenção.


Não estou falando de emprego de relações públicas, mas de trabalho em
relações públicas. Não estou falando de uma salinha com uma plaquinha na porta
escrito "Marcello Chamusca - Relações Públicas", mas de planejamento e execução de ações de relações públicas, trazendo resultados reais para as organizações que nos contrata. O mercado de RP não está em franca expansão. Ele é simplesmente o maior mercado existente entre todas as áreas de formação. Não há uma empresa sequer, desde a menor até a multinacional que sobreviva sem relações públicas, como já nos alertava o mestre Simões. Agora, nem sempre tem um profissional de RP à frente deste trabalho, pois preferimos o "choramingo" à postura pró-ativa.
Fui contratado esta semana para desenvolver um trabalho, através de uma indústria farmacêutica, para 5 clínicas de Salvador e descobri através do representante desta empresa que, só do seu relacionamento, existem 158 clínicas na cidade que não possuem assessoria de comunicação.

Isso é um filão absurdo, não há nenhuma área com tanto espaço a ser preenchido quanto a nossa, mas infelizmente preferimos tapar os nossos olhos e choramingar... E haja choramingo!!!!!!! Proponho que saiamos deste circulo
vicioso negativo de charamingar, procurar um empreguinho com carteira assinada para ganhar mil reais por mês, não encontrar, voltar para casa e choramingar mais, ... no dia seguinte sair para procurar mais um pouquinho por um empreguinho para ganhar mil reais por mês, não encontrar novamente e voltar para casa para choramingar mais um pouquinho... Ninguém agüenta mais isso!!!!! Vamos quebrar este círculo! Deixemos para trás o complexo de inferioridade e passemos a conquistar os nossos espaços no mercado. Eles estão lá esperando por nós, só não encontra quem não procura ou prefere ficar
choramingando!!!!!


A discussão está aberta! Manifeste-se!

4 comentários:

  1. Ola!!

    Qual a estratégia que você usa para conseguir tanto trabalho assim?? Eu também quero!

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  2. Com certeza o preparo profissional conta e muito para conseguir um emprego (estágio ou efetivo).
    Sou aluno de RP V semestre da Metodista e estou participando de processos de grandes e pequenas empresas. Todas elas querem o melhor profissional possível, lógico, querem um cara completo que ganhe o razoável e proporcione grandes lucros à corporação.
    Nunca vou me esquecer do que um aluno de RP disse na semana de imersão que temos logo que entramos na Faculdade “Preparo e conhecimentos gerais são muito importantes, mas sorte também é fundamental”.
    Acredito que realmente temos que contar com a sorte muitas vezes, mas também acho que o mercado está em expansão e se conscientizando cada vez mais do que o RP faz, assim valorizando-o.
    Agora, não podemos esquecer da velha frase “think globally act locally” mesmo dentro do Brasil temos realidades diferentes e o mercado também é diferente. O RP de salvador tem assim uma realidade bem diferente do outro RP.
    Pró-atividade e Pró-RP só assim conseguiremos o que queremos.

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  3. Eu acredito que nem tanto ao mar, nem tanto a terra.
    O que o Marcello chama de "choramingos", eu chamo de empreendorismo. Algumas pessoas em todas as profissões, possuem essa iniciativa de ir e criar oportunidades.
    Mas esse é só um dos fatores que envolvem o mercado para os RPs. Temos que levar em conta a questão cultural, a opção de área de atuação, a economia da região etc em que o recém-formado ou o profissional está. Na minha cidade por exemplo (Araraquara-SP), mal se ouve falar em RP e propaganda aqui ainda acham que é TV Globo. É difícil até de prestar consultoria, para vocês terem idéia.
    O lance é abrir o leque para vagas em comunicação, que tenham um pouco de atuação de nossa área e fazermos o trabalho da melhor maneira possível. Vagas para RPs são mesmo ínfimas. Procuremos com outras nomenclaturas... e nunca desistamos.
    Abraços

    Marcia Ceschini

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  4. Tbem gostaria de saber qual a estratégia usada pra ter tantas alternativas de trabalho.
    Sinceramente estou mto desanimada com a profissão.

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