sábado, 25 de outubro de 2008

CARGO REQUER NOVO PERFIL PROFISSIONAL

Bem, este texto é menor, então vai reproduzido aqui na íntegra!

Desafios de relacionamento com os diferentes públicas da empresa demandam habilidades além da formação técnica de jornalista

A pesquisa do Databerje, instituto de pesquisas da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), foi realizada entre os dias 19 e 28 de agosto, utilizando uma metodologia quantitativa, com uma amostra probabilística aleatória simples. Foram entrevistados, por telefone ou correio eletrônico, os profissionais responsáveis pela área de comunicação em 282 empresas selecionadas no ranking do anuário Valor 1000, que aponta as mil maiores companhias do país por receita líquida.

A grande maioria dos profissionais entrevistados tem entre 25 e 44 anos de idade e 65% deles ocupam cargos de gerência, coordenação ou supervisão na empresa em que trabalham. Em algumas empresas, a área ainda não é estruturada e um assessor responde pela comunicação – não existe a área, mas o processo está presente, explica Suzel Figueiredo, diretora do Databerje, que coordenou o estudo: ‘Os processos de comunicação existem de forma independente, mesmo quando a empresa não se comunica.’

Um terço dos entrevistados formou-se em jornalismo, mas é também grande o número de administradores de empresa (19,9%) e de profissionais de marketing e comunicação (17%). ‘à medida que a área se torna estratégica, ela deixa de ficar na mão do técnico, o jornalista, cuja formação não inclui a prática de gestão’, pondera Suzel. ‘A função vem se tornando cada vez mais multidisciplinar, o que explica a popularidade atual da dobradinha jornalismo/MBA entre os profissionais de comunicação.’ O mesmo fenômeno explica a presença, na área, de antropólogos, advogados, sociólogos, filósofos, historiadores e até engenheiros. É notável, também, a presença feminina no setor: as mulheres são mais da metade dos entrevistados, ocupando 67% dos cargos de supervisão e 50% dos de gerência – mas ainda são minoria flagrante nos cargos de direção, na proporção de uma diretora para cada três diretores de comunicação.

A seleção das empresas entrevistadas obedeceu a critérios geográficos e de atividade econômica, respeitando as características do universo estudado, com uma pequena variação no Sudeste, onde estão 64,5% das empresas incluídas na pesquisa, e no Sul. ‘Em termos estatísticos, essa variação é insignificante’, pondera Suzel, ‘pois o estudo esta equilibrado, representando todas as regiões. O desequilíbrio só ocorreria se o Sudeste tivesse menos de 50% das empresas entrevistadas.’ Também estão representados na amostra os 27 diferentes setores de atividades. Mais de 50% das empresas abordadas são indústrias e 32,6% são prestadoras de serviços. Nada menos que 75% delas empregam mais de mil funcionários. Entre as que têm mais de 5 mil empregados, 40,2% são do ramo de serviços.

Dois terços das empresas são nacionais e, entre as estrangeiras, a maioria dos Estados Unidos, prevalecem as indústrias. Por continente, entretanto, maios da metade das estrangeiras são européias, Também compões a amostra organizações argentinas, mexicanas, canadenses, japonesas, sul-coreanas, chinesas, sauditas e australianas. Cerca de 30% das empresas brasileira entrevistadas já operam fora do Brasil, 18,5% delas presentes em seis a dez países ou em mais de 20, principalmente as indústrias (ao redor de 50% delas atuam no exterior).

Fonte: Revista Valor Setorial - Comunicação Corporativa, outubro 2008 p. 18-20. Disponível em http://208.96.41.18/valoreconomico/home.aspx?pub=27&edicao=1, acesso em 20 out 2008.

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