E, querem saber? Também entendo que não deveria ser obrigatório diploma de graduação em Relações Públicas para exercer a profissão. Nem para publicitário. Na minha opinião, tem muita gente boa por aí, oriundos dos mais diferentes cursos - e até sem curso superior - que tem qualidade e talento suficiente para trabalhar como jornalista, publicitário ou RP.
Apenas penso que, aquele que já tem uma profissão deveria fazer um curso que lhe passasse a parte técnica e conhecimentos fundamentais para embasar a "nova" atividade. Afinal, vamos e venhamos, os cursos de comunicação já não são mais os mesmos!
Os de Jornalismo já não são mais de jornalismo! Já estriparam em vários pedacinhos do tipo Rádio e TV, Jornalismo Impresso, Jornalismo Digital... E aí aquele egresso que sabe escrever não sabe trabalhar em rádio ou TV e o que trabalha em rádio ou TV não sabe escrever...
O curso de Publicidade também tá todo "cortadinho", design de produto, design digital, criação e arte-final...
Relações Públicas agora está destroncada em eventos e cerimonial, gestão da comunicação, planejamento de comunicação, pesquisa em comunicação...
Quem quiser ser acadêmico e/ou pesquisador da área, então sim deveria fazer um curso "completo" de Comunicação Social, com ênfase em uma das habilitações (como era no meu tempo) ou mesmo em todas (como era antes de mim)!
Talvez agora, a partir dessa decisão do STF, seja enfim o momento de debatermos sobre o ensino superior no Brasil, as exigências do mercado X reservas de mercado, as competências necessárias aos profissionais, entre tantas outras questões que podem ser levantadas a partir daí.
É possível que eu seja apedrejada depois de dizer isso, mas, diante do contexto do mercado atual e da segmentação que impuseram ao conhecimento, essa é a tendência natural. De qualquer forma, acredito na liberdade de opinião e de pensamento e que a mudança e a inovação são os motores do crescimento humano, mesmo que isso signifique voltar atrás em determinadas decisões.
Li na Revista Amanha uma matéria chamada 'Menos intuição, mais ciencia', que fala que enquanto existir o 'artista' poderíamos e até devessemos continuar a decidir pelo empirismo, mas o problema é quando o artista sucumbe. Na verdade a mateira fala que existe dois metodos de decidir: o artistico e o cientifico. Exemplos: Artistico = Silvio Santos (empirico). Cientifico = Bernardinho (pragmatico). Ou seja, devemos nos basear mais - na tomada de planejamento, estrategia e decisão - nos indicatores e menos na intuição. Decidir intuitivamente pode ser uma boa alternativa para aqueles que detem essa experiencia do passado - experiencia que é impossivel de ser transmitida para quem nao teve o privilegio de viver os mesmo acontecimentos. Escrevi tudo isso porque defendo o diploma de RP (e de jornalismo), pois na faculdade é - também - que se aprende técnicas, teorias, processos, metodos (claro que na pratica, no dia-a-dia tambem). Mas será que um economico (cronista economico) se preocupara em checar a fonte antes de publicar? Será que um líder nato se preocupara no diálogo, no entendimento com os stakeholders (exemplos bobos, mas que diferenciam os profissionais).
ResponderExcluirDesculpe a falta de acentos.
Abraços,
Mateus d'Ocappuccino
Indiquei teu blog para o prêmio Blog Dorado. Dá uma olhada lá no meu e segue as instruções para publicação e indicação de teus blogs escolhidos.
ResponderExcluirBjs,
Olá Ana!
ResponderExcluirPuxa vida!
Você com todo o seu profissionalismo não será apedreja devido o seu ponto de vista que Relações Públicas pode também não precisar de diploma. Mas a nossa área ela já não é tão bem exposta no mercado,atividade de MKT, atendimento, tudo volta para o profissional de comunicação. E a soberania do exercício da profissão? E o reconhecimento do mercado? Está verdadeiramente uma bagunça.
Tirar o diploma universitário vai eliminar de vez com o bom senso do uso correto da profissão.
Sueli de Souza
Relações Públicas
Sou jornalista diplomada há 35 anos e nada do que aprendi foi na faculdade. Agora, então, depois que os cursos viraram cabide de emprego para os que não conseguem vaga no mercado de trabalho, a coisa degringolou mais ainda. Conheço muito jornalista formado que mal sabe escrever o nome. Meus atributos profissionais vão continuar sendo meus, com ou sem obrigatoriedade de diploma, pois foram conseguidos com a experiência. Desafio 'as viúvas' sindicalistas a provarem o contrário. Ah, e não me venham com esta história de 'conquista', porque a exigência do diploma foi uma imposição da ditadura. Quem viveu, sabe!
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