sexta-feira, 29 de junho de 2007

O que É Relações Públicas

  • Análise de cenários e mercado
  • Autoconhecimento e verdade
  • Busca de resultados tangíveis
  • Equilíbrio de benefícios para a organização e a sociedade
  • Informação e comunicação adequada
  • Mapeamento de públicos
  • Pesquisa de necessidades e expectativas
  • Porta-voz empresarial
  • Realização de eventos estratégicos
  • Relacionamento

Análise de cenários e mercado – o profissional de relações públicas tem conhecimento e formação para realizar uma ampla análise de cenário e do mercado em que a organização está inserida. Essa é uma das primeiras etapas do trabalho de um RP, pois não é possível que seja desenvolvido um plano com previsão de resultados positivos se não houver o conhecimento prévio da real situação em que a empresa se encontra.
Autoconhecimento e verdade – o profissional de relações públicas promove o autoconhecimento da organização para que esta identifique suas verdades, seus valores, sua cultura, seus princípios e a partir disso estabeleça as diretrizes que balizarão os relacionamentos com todos os seus públicos de interesse.
Busca de resultados tangíveis – embora o profissional de relações públicas não tenha como objetivo direto a venda de produtos e serviços, esse é um objetivo indireto, mais propriamente, uma conseqüência do estabelecimento de relacionamentos duradouros e harmoniosos entre a organização e seus públicos. Dessa forma, as ações de relações públicas têm resultados mensuráveis e tangíveis, na medida em que o aumento das vendas, o retorno e a fidelização dos clientes, o aumento da produtividade e da qualidade do serviço dos funcionários, a valorização das ações da empresa no mercado e o fortalecimento da marca têm impacto direto no faturamento e no lucro da organização.
Equilíbrio de benefícios para a organização e a sociedade – um relações públicas tem sempre em mente que o sucesso da organização está diretamente ligado ao desenvolvimento sócio-econômico do país e, portanto, gera impactos na sociedade. Dessa forma, as relações públicas trabalham para estabelecer e harmonizar relacionamentos que promovam o equilíbrio da satisfação tanto das organizações quanto da sociedade.
Informação e comunicação adequada – o trabalho de relações públicas tem como principal ferramenta de relacionamento a comunicação excelente entre a organização e seus públicos, ou seja, a transmissão clara das informações necessárias numa linguagem, instrumentos, meios e canais adequados às características de cada público. Uma mesma informação pode ser transmitida de diferentes formas, de acordo com cada público, para que seja recebida e compreendida com o máximo de facilidade e o mínimo de dúvidas.
Mapeamento de públicos – embora a maioria as pessoas pense que os públicos de uma organização resumem-se aos clientes e funcionários, na verdade eles são muitos além desses. Para conhecer todos os públicos que influenciam a empresa ou sofrem influência desta, é necessário que seja feito um mapeamento, de acordo com a área de atuação da empresa, área geográfica, interesses de negócio, jurisdição legal, entre muitos outros fatores.
Pesquisa de necessidades e expectativas – num relacionamento, seja da espécie que for, existem necessidades e expectativas de todas as partes envolvidas. É papel do relações públicas buscá-la, conhecê-las e interpretá-las, tanto de cada público quanto da própria organização, para que possa promover o equilíbrio da satisfação de todos.
Porta-voz empresarial – o profissional de relações públicas tem preparo para ser o porta-voz oficial de uma organização quando esta não dispõe de um representante do alto escalão preparado para sê-lo. Entretanto, o relações públicas procura sempre capacitar os líderes da organização para que eles mesmos desempenhem esse papel.
Realização de eventos estratégicos – de acordo com os objetivos estratégicos de relacionamento e comunicação, o relações públicas planeja e coordena eventos corporativos de diferentes portes e com diferentes públicos.
Relacionamento – é a palavra-chave que orienta o trabalho de relações públicas. Com base em conhecimentos da área da psicologia social e da sociologia, entre outras disciplinas, o relações públicas sabe que “tudo é feito por pessoas e para pessoas” e que, desta forma, nada é possível se não for estabelecido um relacionamento positivo entre as partes envolvidas para que os interesses entre as partes sejam alcançados satisfatoriamente.
GESTOR ESTRATÉGICO DA COMUNICAÇÃO – O profissional de relações públicas levanta informações, analisa-as e interpreta-as, e a partir desse conhecimento desenvolve planos estratégicos de comunicação únicos, customizados, para cada tipo de organização. Assim como as pessoas são diferentes entre si, as empresas também têm personalidades próprias, bem como histórias, percursos, experiências e objetivos diferentes. Não existe, portanto, uma receita pronta de comunicação e relacionamento que possa ser aplicada a todos ou vários tipos de organizações. O profissional de relações públicas tem conhecimento teórico e prático para desenvolver planos sob medida para as empresas, o que o torna um gestor competente e especializado da comunicação estratégica de uma organização.

O que NÃO É Relações Públicas

  • Acompanhante de executivos
  • Assistente de diretoria ou presidência
  • Catador de clientes
  • Construtor de imagem
  • “Enfeite” de eventos
  • Hipocrisia, ilusionismo e falsidade
  • Operador de telemarketing
  • Promotor de festas
  • Recepcionista de luxo
  • Vendedor ou representante de produtos e serviços

Acompanhante de executivos – embora muitas vezes o profissional de relações públicas acompanhe ou assessore o alto escalão da empresa, sua função nesses casos é evitar conflitos, orientar o assessorado em relação a questões de cerimonial e protocolo, receber eventuais solicitações de entrevistas e organizá-las, entre outras atividades relativas a aparições públicas do assessorado.
Assistente de diretoria ou presidência – assistente é o auxiliar ou adjunto do diretor ou presidente, em uma área específica de conhecimento técnico ou das atividades gerais do assistido. Pode ser um secretário executivo, por exemplo, que tem conhecimento de todas as atividades do diretor ou presidente e organiza a sua agenda e toma as providências necessárias para que o superior possa realizar com maior agilidade suas funções.
Catador de clientes – o profissional de relações públicas não é alguém que “pega clientes à unha” para divulgar produtos e serviços e convencê-lo a comprar. Muito pelo contrário, em relação aos clientes, que são apenas um dos muitos públicos de uma organização, o RP busca conhecer seu grau de satisfação em relação à organização, bem como captar e compreender suas necessidades e expectativas, de maneira a estabelecer com ele um relacionamento duradouro, muito além da simples aquisição de produtos ou serviços.
Construtor de Imagem – as Relações Públicas não “constróem” imagens, até porque imagem é um produto da percepção dos diferentes públicos da organização, e a percepção dos públicos pode ser muito diferente da percepção do próprio profissional de RP ou dos demais membros da organização. De acordo com o grau de informação, da cultura individual e social, do nível intelectual e da educação formal, entre outros itens, os indivíduos e grupos sociais percebem uma mesma situação, organização ou pessoa de diferentes formas.
“Enfeite” de eventos – por mais que um profissional de relações públicas tenha boa aparência, vista-se bem, seja desenvolto e simpático, de forma alguma é apenas uma peça decorativa ou de atração de um evento. Para isso servem acessórios de decoração como faixas, flores, luzes, obras de arte, balões coloridos, etc.
Hipocrisia, ilusionismo e falsidade – as relações públicas não trabalham com a simulação da realidade, charlatanice ou mentira. Só é possível construir relacionamentos verdadeiros e duradouros se de acordo com os valores éticos e morais, diretrizes e filosofias reais sobre o qual se alicerçam as organizações.
Operador de telemarketing – o telemarketing é uma ação de marketing cujo principal propósito é prospectar clientes e vender produtos e serviços. O profissional de relações públicas não desenvolve ações diretas de venda.
Promotor de festas – confraternizações, comemorações, congressos e outros tipos de eventos são instrumentos de comunicação com diferentes objetivos e desenvolvimentos que podem ser utilizados pelos profissionais de relações públicas desde que dentro de uma linha de raciocínio tático com a finalidade de atingir objetivos estratégicos.
Recepcionista de luxo – uma das atividades relativas às relações públicas é atender com atenção e cuidado todo e qualquer público que dirija-se à empresa, seja com o propósito de fazer reclamações, sugestões, ou qualquer outro objetivo. Entretanto, não é função de relações públicas atuar como um recepcionista ou telefonista, para o que existem profissionais específicos.
Vendedor ou representante de produtos e serviços – um profissional de relações públicas, como já dito anteriormente, não tem como uma de suas atividades fazer propaganda ou vender serviços ou produtos de uma organização. Tais atividades são ligadas à área comercial ou à de marketing, mas podem ser utilizadas como um canal de transmissão ou recepção de informações.
CONTATO DA EMPRESA COM OS CLIENTES – o profissional de relações públicas pode desempenhar, muitas vezes, atividades de relacionamento com públicos específicos, como é o caso da ouvidoria, por exemplo. Entretanto, o principal meio de contato de uma empresa com os clientes são os canais diretos de venda, sejam vendedores, representantes, distribuidores, sites de e-business, etc, cujo objetivo é oferecer produtos e serviços e converter essa oferta em aquisição.

O que NÃO É e o que É Relações Públicas

Antes de qualquer outra coisa, quero me desculpar por não ter postado nos últimos 14 dias. Quem também é professor ou é estudante, sabe bem que final de semestre letivo é sempre uma loucura e que não sobra tempo para quase nada.
É mais ou menos o que também acontece nos dois últimos e nos dois primeiros meses de todo ano nas empresas, em que há o fechamento dos relatórios anuais, o planejamento de custos para o próximo exercício, o cálculo e envio de recolhimentos para entidades, entre tantas outras atividades.

Neste post de hoje e no próximo, procuro esclarecer mais um pouco sobre o que é e o que não é Relações Públicas, sobre o que nós, profissionais, fazemos e não fazemos nessa atividade que tantas e tantas vezes é confundida com outras e até mesmo incompreendida.

Fica o espaço via "comentários" ou e-mail para que todos possam fazer sugestões que poderão ser incluídas nas listas, ou para fazer suas perguntas a fim de esclarecer outras dúvidas que tenham.

Conto com vocês para desmistificarmos e conhecermos cada vez melhor as Relações Públicas.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Breve relato sobre o 10º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa

Como prometi numa postagem anterior, agora faço um pequeno resumo sobre o evento.

O 10º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa aconteceu nos dias 15, 17 e 18 de maio, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, promovido, como de costume, pela MegaBrasil Comunicação. O evento trouxe experiências de organizações do setor privado e público, inclusive de agências de comunicação, que foram compartilhadas com todos os presentes tanto nas plenárias quanto nas palestras segmentadas.

O grande recado do congresso é a necessidade imperiosa de darmos atenção às novas mídias, uma vez que são, atualmente, veículos de alcance maior que as mídias tradicionais, capazes de promover e arruinar a reputação organizacional com velocidade e impacto até pouco tempo inimagináveis. Conseqüentemente, torna-se também imperiosa a necessidade de se realizar um monitoramento das informações veiculadas sobre as empresas em sites, comunidades virtuais e blogs, tanto corporativos quanto de internautas formadores de opinião, dando-lhes a devida atenção e utilizando os mesmos instrumentos e linguagem desse ambiente para interagir com o público. Tal monitoramento pode ser realizado manualmente, entretanto, o mercado já dispõe de softwares capazes de fazê-lo, apresentando os resultados sob diferentes formas, de acordo, com os critérios estabelecidos pelos profissionais responsáveis pela comunicação organizacional.

Outro tema que teve grande destaque foi a Administração ou Gerenciamento de Crise. Pelo que pôde ser observado, as organizações que já estão conscientes da importância da reputação organizacional estão dando especial atenção à identificação e categorização de riscos com vistas à sua prevenção, bem como ao desenvolvimento de planos de gerenciamento tanto da crise como da comunicação de crise. Muitas das agências que trabalham com comunicação corporativa já mantêm uma equipe especializada e desenvolveram metodologias específicas para atender clientes cuja demanda seja voltada para o gerenciamento de crise.

Os temas sustentabilidade e desenvolvimento sustentável também estiveram presentes, sob o enfoque da importância desses conceitos e da adoção dos seus princípios pelas organizações, uma vez que, ao demonstrarem o comprometimento empresarial com o futuro do planeta, influenciam positivamente na reputação corporativa. Foi enfatizada a importância da comunicação corporativa em todo o processo da sustentabilidade nas organizações, desde o trabalho de disseminação dos conceitos e sua apropriação pelos colaboradores até a divulgação dos resultados. Na ocasião, o congresso trouxe para os participantes o primeiro ranking de empresas brasileiras bem-sucedidas na comunicação de seus projetos de Sustentabilidade.

O evento contou com palestrantes nacionais e internacionais relevantes no cenário da comunicação corporativa e, embora sem premeditação, fez jus à notoriedade que as novas mídias e a web 2.0 receberam. Rick Murray, presidente do me2revolution, área recém criada pela Edelman mundial que identifica e testa novas formas de comunicação, e que havia confirmado a presença no congresso, não tendo podido viajar devido a imprevistos profissionais, manifestou-se por videoconferência, inclusive interagindo com os participantes, ouvindo e respondendo aos questionamentos feitos.

Cabe observar que, lamentavelmente, poucos foram os acadêmicos que estiveram presentes ao evento, tanto docentes quanto discentes. Tomando-se a realidade do magistério superior no Brasil, pelo menos na nossa área e especialmente nas instituições de ensino superior privadas, raramente os professores podem manter uma atividade profissional paralela à docência e nem sempre conseguem manterem-se atualizados em relação à realidade do mercado corporativo. A participação da academia nesses eventos deveria ser estimulada e apoiada pelas instituições, como forma de reciclagem tanto dos professores quanto dos conteúdos vistos em sala de aula, bem como dos currículos dos cursos, de maneira a melhor preparar os alunos e futuros profissionais.

Em síntese, o evento foi um sucesso, tendo deixado em todos a sensação de aprimoramento do conhecimento e grandes expectativas para a próxima edição, prevista para maio de 2008.

Sobre autopromoção

Se tem uma coisa que eu acho profundamente decadente é essas pessoas que se autopromovem descaradamente como se vê várias por aí fazendo. Acredito e confio muito mais em quem recebe atenção pela competência comprovada do que por "venda de imagem". Muito pior se isso é feito por um profissional de Relações Públicas!

Isso é o oposto do que as verdadeiras Relações Públicas são e ensinam! A imagem tem que estar respaldada na reputação da pessoa/organização, e não o contrário! Seria até engraçado, se não fosse trágico, ver aquelas divulgações, feitas pelos próprios participantes, de eventos que acontecem aqui e acolá em que essa pessoas aparecem em fotografias com diretor-fulano, presidente-beltrano ou doutor-sicrano, legendadas pelos próprios interessados.

O pior é que, como aparecem na mídia ou elas mesmas enviam os e-mail e informativos, essa é a imagem que fica dos relações públicas para o mercado. Não é à toa que surgem pontos de vista como aquele apresentado no Brasil inteiro sobre as "pombas" por aí!

Como se vai mudar a visão das organizações e do mercado sobre nós se é isso o que se vê?

terça-feira, 5 de junho de 2007

Como "não" tratar o cliente - Um exemplo negativo de RP

Gente!

Sem querem mudar de assunto e já mudando, vocês sabem que sempre falo em aula que é importante termos exemplos de profissionais, exemplos de casos a serem seguidos e, também, os que NÃO devem ser seguidos. É aquele tipo de modelo que todos nós conhecemos e que sabemos que, caso a gente sinta que está indo para aquele lado, tem que fazer o maior esforço possível para mudar a direção.

Pois vejam no post que estou linkando aqui o que aconteceu em relação a um cliente que reclamou da má qualidade da sonorização do filme que foi assistir no cinema. Aproveitem e leiam também os comentários!

Vale investir esse tempo na leitura.

Abraços horrorizados.